O Senhor Jesus Cristo exige coragem e disposição para enfrentar perseguições.

 O milagre feito ao cego de nascença foi extraordinário, porque desde a fundação do mundo jamais se viu alguém curado dessa forma. Mas, o que impressionava também, era a incredulidade dos religiosos, pois, mesmo diante de provas como essa, insistiam em não reconhecer Jesus como o Messias (Is 29.18; 35.5; 42.7). Logo depois estes religiosos expulsaram o ex-cego por que ele não deu ouvidos ao que eles alegavam. Eles inventaram um monte de coisas para que o cego tivesse os maus olhos e visse a obra de Deus da forma que eles enxergavam.

Ser expulso da sinagoga era o preço pago por quem cria e confessava a fé publicamente no Senhor Jesus. Por essa razão, os pais do ex-cego se esquivaram de testemunhar. A pessoa punida com a expulsão perdia o direito de estar na sinagoga e de ter acesso a privilégios em sua comunidade. Com isso, ela era prejudicada social e financeiramente. Em alguns casos, os religiosos eram tão severos que o indivíduo expulso era considerado anátema (maldito), e por isso era impedido de participar dos costumes judaicos. Por exemplo, ele não podia realizar rituais para perdão nem adorar a Deus em público, como os demais faziam. Se morresse nessa condição, um decreto era assinado ordenando que ninguém pranteasse por ele. Ademais, em seu sepultamento, podia até haver hostilidades ao morto e à sua família, como forma de mostrar desprezo a ele. Veja que, em todos os tempos, confessar e professar a fé genuína no Senhor Jesus Cristo exige coragem e disposição para enfrentar perseguições.